Tratamento de queimaduras com pele de tilápia. Será esse o tratamento do futuro?

Pesquisadores de Fortaleza em parceira com a Universidade Federal do Ceará, estão testando um novo tipo de tratamento de pele um tanto quanto excêntrico. Estão utilizando pele de tilápia nos tratamentos de queimaduras e feridas.

Este tratamento já passou pela fase pré-clínica dessa pesquisa. A conclusão que se fez através de cobaias, comparando com o tratamento de pomadas tradicionais e o tratamento com a pele da tilápia, mostraram que o tempo de cicatrização dessas feridas  pelo método da pele da tilápia é muito mais eficaz. Porque dessa forma, cobre-se a ferida, diminui a dor, previne contra infecções e previne a perda de líquidos (águas e eletrólitos) providos das áreas danificadas.

Caso a eficacia do método seja comprovada, trará alguns ganhos significativos. Não só no ponto de vista médico, como também no ponto de vista biológico, uma vez que a pele será descartado como lixo biológico, e não como lixo hospitalar.

 

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Os vírus são mais importantes do que você imagina – virus are more important than you think

Não é novidade que a causa mais abundante de morte no planeta é causada por vírus. De

Vírus infectando uma célula.

uma forma superficial, é intuitivo pensar que os vírus são os vilões da história biológica do planeta. Porém, ao compreender as interações ecológicas e evolutivas entre vírus e seus hospedeiros, vemos que sua função é de suma importância na regulação de seres vivos do nosso querido Planeta Terra.

Primeiramente, vamos falar sobre um efeito bem conhecido entre os microbiologistas, chamado de “Red Queen” (Van Valen, 1973), em que o vírus e seu hospedeiro mostram adaptação evolutiva contínua, mantendo os dois adaptáveis um ao outro. Isso quer dizer que, quando o hospedeiro cria uma imunidade contra o vírus, logicamente o vírus precisa criar outra forma de conquistar seu hospedeiro. Logo, isso faz com que os dois, a todo instante, sofra processos evolutivos, mantendo ampla constância na aptidão relativa.

Bom, aí você pensa: se não existisse vírus, os hospedeiros não precisariam de adaptações, certo? Errado. Há outro fenômeno chamado “kill the winner” que consiste em regular as populações de predadores e presas. Isso ocorre porque, ao ter um índice muito grande de predadores (por ter um ambiente mais adaptável), eles ficam mais suscetíveis a serem infectados. Isso acarreta na morte de muitos predadores e, assim, a biota é regulada novamente.  O nome “kill the winner” (mate o vencedor) se dá justamente por isso: o ser que estiver mais adaptado ao ambiente começa a se proliferar mais, fica mais “visível” ao vírus e, assim, o vírus mata, diminuindo sua população.

Resumindo: os vírus são exímios controladores populações; impedem que uma devida espécie superpopule alguma biota e que acabe por completo com suas presas. Assim, predadores sempre terão sua comida, uma vez que uma superpopulação acabaria por completo com suas presas.

Referências:

Fuhrman, J.A. (1999) Marine viruses and their biogeochemical and ecological effects

Suttle, C.A. (2005) Viruses in the sea

Van Valen, L. (1973) A new evolutionary law

From ice to fire – do gelo ao fogo

O animal em questão é  o tardígrado. Ser vivo mais resistente da terra, encontrados em todo o planeta, desde o fundo dos oceanos ao alto do  Himalaia. Vive entre os musgos e líquens. Suportam temperaturas próximas do zero absoluto e temperaturas altíssimas de quase 200 ºC (392 ºF). Ele não possui sistema circulatório e respiratório. Suas trocas gasosas são realizadas de forma aleatória de qualquer parte do corpo. Podem viver até os 120 anos, que é um recorde absoluto para um animal tão pequeno. Além de tudo, quando existem condições adversas em que seu organismo  não aguenta, ele simplesmente desliga seu metabolismo, ressecando-se, e o liga de novo quando está em suas condições de sobrevivência, hidratando-se.

Aguentam a pressão de 75.000 atmosferas, e o ser humano aguenta apenas 4 atmosferas sem causar algum dano (if-ufrgs).

Em setembro de 2007, a Agência Espacial Européia enviou tardígrados para o espaço. E eles não só sobreviveram após altas doses de raios cósmicos, radiação ultra-violeta e falta de oxigênio, como também se reproduziram em tal ambiente inóspito

Eles são diferentes de qualquer organismo vivo encontrado na terra e continuam sendo um grande mistério para a ciência.

 

 

Referências:

http://www.if.ufrgs.br/mpef/mef004/20021/Berenice/sangue.html

Researchgate – Roberto Ghidetti

 

Adaptações dos mamíferos marinhos

Ao contrário do que muitos pensam, mamíferos marinhos não são peixes. Diferentemente dos peixes, eles dependem do ar atmosférico para respirar, mas também dependem dos oceanos, mares e rios para a sua existência.

Bom, levando em conta essas características, então os ursos polares se encaixam nesse grupo, uma vez que se alimentam de animais marinhos para sobreviver, certo? Certo. São quatro ordens de mamíferos marinhos. Fissípedes (mamíferos marinhos com os dedos separados), que incluem o urso polar e duas espécies de lontra.

Seguindo a linha evolutiva encontramos os pinípedes, animais descendentes de semelhantes de ursos e focas verdadeiras. Por exemplo leão marinho, foca e lobo-marinho. Seus membros foram adaptados para a vida marinha, transformando-os, ao logo da evolução, em nadadeiras. Essa evolução atrapalha na mobilidade em terra firme, entretanto no mar suas presas são mais suscetíveis.

 

Sirenídeos, mamíferos providos dos seres humanos, cujo seu nome comum usado por pescadores é sereia. Brincadeira. Diferentemente das ordens anteriores, eles são mamíferos marinhos herbívoros. São grandes, de corpo fusiforme, e seus membros posteriores atrofiados, servindo de nadadeira. Conhecidos como peixe-boi e vaca-marinha. Essa ordem vive a vida toda na água e, por isso, teve várias adaptações que possibilitaram a sua sobrevivência ao meio marinho, mais comumente em água doce.

E a minha ordem favorita; os cetáceos. Englobando baleia, botos e golfinhos.

cetaceos.png

Baleia cinzentas e golfinhos

Exímios nadadores, conseguem nadar em grandes profundidades e concentram altas quantidades de oxigênio para passar um bom tempo longe da superfície, conseguindo renovar até 90% do volume pulmonar (humanos só renovam 10%).

 A narina fica na parte dorsal, atrás da cabeça, e quase não tem sensação olfativa. Andam em grandes bandos, vivendo em sociedade. Tem uma notável comunicação a qual biólogos chamam de “canto”. Algumas espécies de baleias podem se comunicar uma com as outras numa distância de 100 quilômetros ou mais.

Além de tudo, nesta mesma ordem, existe o maior animal do mundo: a baleia-azul. Podem chegar a 30 metros de comprimento e 500 toneladas.

 

 

Referência:

Palazzo Jr., J. T. & Both, M. C. 1988. Guia dos Mamíferos Marinhos do Brasil. Editora Sagra, Porto Alegre, p. 15,16,17.

Hetzel, B. & Lodi, L. 1993. Baleias, Botos e Golfinhos. Guia de Identificação para o Brasil. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro,

Inspiración y ciencia: ¿qué sienten y piensan los animales?

Ecovegana

Amar la vida en todas sus formas. Sabemos muy poco de lo que piensan y sienten otros seres vivos. ¿Somos capaces de utilizar lo que tenemos para simplemente dejarlos continuar?

En esta plática Carl Safina nos explica desde la ciencia la relación de los seres humanos con la naturaleza para darnos inspiración y esperanza.

Para conocer más sobre el trabajo de Carl Safina visita su sitio aquí.

Ilustración de Víctor Manuel García Bernal, conoce más de su trabajo aquí.

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